segunda-feira, 17 de outubro de 2011

COM QUE AUTORIDADE FAZES ISTO? - Gino Iafrancesco

Por: Gino Iafrancesco

Traduzido pelos irmãos de Alegrete, RS.

 Mt 21.23 “ com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade?”

Esta pergunta: Com que autoridade fazes isto? E quem te deu esta autoridade?  Foi à arma de ataque de maneira que os religiosos, que dominavam o sistema religioso, enfrentaram a Jesus. É uma pergunta que  manifesta a presunção com que os guias religiosos se comportavam.
Eles pensavam que se não tinha a aprovação deles, ninguém teria autoridade de mover-se dentro da autoridade de Deus.

 Eles tinham chegado a constituir-se a si mesmos em algo que em realidade não eram; tinham usurpado uma posição que só a Deus compete. Trata-se do assunto da delegação de autoridade.

Eles pensavam que somente através deles é que teria que se fazer a obra de Deus; de maneira que se glorificavam de algo que em realidade não estava em suas mãos, mas que eles pretendiam controlar.
Essa é uma atitude comum quando os homens erigem seus programas religiosos à margem da vontade, o poder e a glória de Deus; e usurpam o nome de Deus para encobrir seus interesses particulares, erigindo-se atrevidamente em "diretores" espirituais, quando em realidade Deus se está movendo soberana e livremente com Seu Espírito onde Lhe agrada, e naquilo que a Ele compete, e não necessariamente enquadrando-se às pretensões e programas de fatura humana.

O assunto da delegação de autoridade é de suma importância, porque é algo que corresponde à consciência, e portanto, tem o poder de regular nossa conduta. Existe certamente a autoridade, e só Deus é sua fonte legítima. Todo aquele que reina desconhecendo a autoridade de Deus, está cerceando o fundamento de seu próprio trono, e está alimentando às forças anárquicas da rebelião que lhe derrocarão.

Só Deus possui a autoridade inerente e irrevogável, e só Dele pode provir diretamente a delegação de autoridade. Nem o homem, nem a maioria, nem o estado, têm autoridade inerente e irrevogável; e o poder da força e das armas não é o poder mais excelente, nem seu reino chega até o profundo dos corações. O poder do Espírito de Deus é o único que pode, com verdadeira efetividade, governar, dirigir, reconciliar e estabelecer. É dai que devemos atender, no assunto da autoridade, à perfeita vontade de Deus.

Satanás entreteceu um sistema organizado de rebelião à autoridade de Deus, e com ele pretende usurpar o trono que só a Deus corresponde. Tal sistema embaralhou e confundiu aos homens de tal maneira, que muitos foram arrastados enganosamente a desconhecer a Deus e a rebelar-se contra Ele, ainda enquanto pensam que estão fazendo Sua vontade; e é no âmbito religioso onde principalmente está acostumado a acontecer assim.

A Palavra de Deus, e Seu mandamento, são invalidados por uma série de tradições e mandamentos humanos, induzidos indubitavelmente, da maneira mais sutil e enganosa, pelo diabo e suas hostes de demônios inspiradores e instigadores.
Basta que um cantinho do coração humano fique sem render-se com absoluta fidelidade a Deus, para que ali se aninhe um encantozinho que se aproveitará de nossa cumplicidade. Então, a partir desse pequeno bastião, começar-se-á a trabalhar em pról da potestade das trevas, estendendo-se a esfera injusta do reino  de Satanás, e o império da morte, com seus arautos precursores da corrupção e a decadência, a dor e a enfermidade.

A resposta de Jesus àqueles guias religiosos foi extremamente sábia. Àqueles que se achavam  com autoridade, se lhes enfrentou à pergunta a respeito da verdadeira fonte da autoridade. De maneira que se pretendiam exigir acato de sua autoridade, deveriam eles primeiro acatar à fonte verdadeira de toda autoridade. E é aquela fonte, o Senhor nosso Deus, o único que põe em ordem todas as coisas.

Eram eles sacerdotes? Pois o Senhor lhes enviou sacerdotes que eram, além disso, profetas, como Jeremías, Ezequiel, João o Batista. Deus não precisa pedir conselho a ninguém para pôr ou depor, para constituir ou enviar, substituir ou destituir. Ele não necessita da aprovação de ninguém; mas sim lhe basta Seu próprio beneplácito. E o que Ele faz, quem pode invalidá-lo? De maneira que é simplesmente lógico que todos acatemos Sua autoridade, e dEle averigüemos diretamente Sua vontade perfeita. Ele dará testemunho de Si. Tem feito evidentemente ao longo de toda a história. Não importa o que forje o homem; Deus dá o reino a quem Ele quer, e destrói as maquinações dos adversários.

Na Igreja, que é o corpo de Cristo, Seu reino de sacerdotes, é obviamente Deus, e só Ele, e na Igreja com a maior excelência, que o Senhor, como cabeça, constitui, equipa e envia, em Seu nome, de Sua parte, e com Sua autoridade em verdadeiras demonstrações.

Deus unge, e Deus mesmo confirma a Seus ungidos diante daqueles a quem os envia. De modo que, cedo ou tarde, essa rede diabólica, esse engenhoso sistema organizado de alienação e rebelião contra Deus, manifestará sua insensatez, e será relegado à vergonha e à confusão.

Na missão da Igreja é este o objeto principal do ataque diabólico, pois é ela principalmente o instrumento de Deus para manifestar a autoridade de Deus e a derrota de Satanás. Na missão da Igreja,  O Senhor se reservou exclusivamente, como cabeça viva que não nos deixou órfãos, e que está conosco todos os dias, o direito divino de constituir e enviar a Seus servidores, por meio dos quais busca o fruto para Seus propósitos.

Não importa quantos sistemas de usurpação e pretensão se erijam atrevida e ousadamente para manipular ao rebanho alheio, que só pertence a Deus; somente Ele respaldará o que tem nascido dEle, e que leva a cabo, nEle, Sua vontade perfeita. A todo o resto lhe espera o fogo.Toda planta que não foi plantada pelo Pai celestial, será desarraigada.

Nesta missão, a Igreja deriva sua autoridade diretamente de quem é em Si mesmo autoridade: O Verbo de Deus encarnado: Jesus Cristo. A autoridade da missão da Igreja no mundo, não está sujeita a outra autoridade menor; pois, pelo contrário, toda outra autoridade deve submeter-se à autoridade de Deus que se manifesta na Igreja, da maneira que se manifestou em Cristo.

Como o Pai me enviou, assim eu vos envio a vós ! Toda Autoridade me é dada no céu e na terra; portanto, vão e façam discípulos a todas as nações, lhes batizando no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e lhes ensinando que guardem todas as coisas que eu lhes mandei; e eis aqui eu estou com vós todos os dias até o fim do mundo.

Eis ai a garantia da Igreja: Eu estou com vós...; quer dizer, o poder inerente da autoridade que pode submeter por si mesmo e a si mesmo todas as coisas.

Quem é esta Igreja? Porque muitos sistemas usurparam atrevidamente tal nome; e muitos sistemas organizados (denominacionais e não denominacionais) de alienação e rebelião satânica, apresentaram-se nesse nome.

A Igreja é, pois, o corpo de Cristo, a plenitude daquele que todo o enche em tudo, o canal de Sua própria vida, e isto evidente de por si; ou seja, manifesto diretamente à consciência dos homens, sem engano, sem extorção, pela mera manifestação da verdade e a vida, e pela demonstração do Espírito de poder, amor, domínio próprio, santidade, graça, justiça, verdade e glória. Pelo cumprimento das Sagradas Escrituras.

Nesta Igreja viva, Ele mesmo dá diretamente apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres; e Ele mesmo os confirma diante dos olhos do povo, por seu fruto de vida e de verdade, a Ele ligados pelo Espírito e a Palavra nas Escrituras.
Igualmente, Deus mesmo se encarrega, em razão de Sua honra, de desmascarar à geração de falsos; de maneira que todos temamos com santo temor de Deus, o qual é o princípio da sabedoria e a própria sabedoria. A mão de Deus se faz evidente na aprovação e na reprovação, pelo Espírito da verdade, das Sagradas Escrituras.
 Paulo não precisou ir inicialmente a Jerusalém, nem a Roma, para ser constituído apóstolo de Jesus Cristo; pois  não foi de homens, nem por homens, mas sim pela vontade de Deus.
Suas cartas créditos, eram manifestos em seus frutos. Certamente Deus o guiou também a obter a destra de comunhão daqueles enviados anteriormente Por Deus, mas depois de ter servido já como Seu apóstolo.
 Mas quantos, que se vangloriam e glorificam em seus diplomas e créditos de papel, são feitos vis e baixos aos olhos do povo de Deus, e com justiça, por causa da acritude de seus maus e perversos frutos. Sua pretendida autoridade não é, pois, na realidade tal. A constituição de Deus é diferente à do homem, e se reconhece pelos frutos da graça divina.

irmãos em Alegrete, RS. Brasil.

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